Oi!
No dia 16 de Setembro fizemos a primeira visita na escola pública escolhida pelo grupo para acompanharmos neste semestre...Eu e mais 9 colegas fomos pela manhã no Colégio Estadual Deputado Manoel Novaes, no bairro do Canela, em Salvador.
A profª recomendou que avaliássemos o espaço físico, bem como as condições de ensino e que tentássemos dar uma olhada no PPP (Projeto Político Pedagógico) de lá.
Para começar, demos uma olhada nas estruturas da escola. Nos primeiro andares, como já esperado, a maioria da escola precisa de grande reparação, bem como de um maior gerenciamento. As quadras estão em um estado de abandono, o telhado do lado de fora está condenado a cair. O que aparentemente é bem cuidado por lá é a biblioteca, que apresenta um bom acervo e uma certa conservação dos livros.
No andar superior, visitamos uma espécie de "segunda escola". É o andar dedicado as aulas de música e expressão corporal. Com salas especializadas para o ensino teórico e prático da música, bem como instrumentos adequados para tal e um estímulo muito forte para os alunos integrantes desta atividade extracurricular. Fiquei surpresa ao ver o trabalho nesta área,muito bem feito e estimulador para os alunos.
Em relação ao PPP, conseguimos uma cópia e verificamos que há sim um esforço da direção e da coordenação em fazer com que os professores o sigam, porém o sucateamento do ensino e a falta de interesse dos alunos são fatores negativos que acabam, de certa forma,atrapalhando o bom andamento e as boas intenções dos profesores.
Bem, por fim cheguei a conclusão de que não basta apenas boa intenção e disposição para projetos serem realizados; é preciso um apoio técnico, uma estrutura favorável e principalmente um envolvimento de ambas as partes: corpo docente e corpo discente. Não depende apenas de professores bem preparados para mudar o rumo da educação, mas também de alunos motivados a participarem do que for proposto.
Mas temos que continuar tentando!!!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Traumas Passados
Cada um tem sua forma de superar um trauma...
Uns pagam psicólogos e terapeutas.
Outros fazer regressão, tentando buscar nas vidas passadas que acreditaram ter as explicações para os tormentos presentes.
Tem gente que inclusive bebe para esquecer seus problemas"bebe negão".
Eu decidi aprender inglês.
Bem, meu trauma foi com uma certa professora de língua inglesa. Eu era 6ª série na época, e até muito boa e dedicada aluna, interessada em aprender uma nova língua. A cada aula, a professora matava aos poucos o meu desejo de me tornar um ser bilíngue. Sem nenhuma noção do trauma que estava causando em mim e no restante da turma, a professora insistia em sentar-se na mesa, abrir um livro empolerado de regras gramaticais e com exemplos completamente forjados do linguajar cotidiano e profetizar sobre o enigmático TOBE.(Leia-se "to be". Naquele tempo,muita gente realmente falava TOBE).
A partir daí, a língua inglesa tornou-se uma disciplina dispensável para mim, que eu ia simplesmente passando por ela o mais mediocrimente possível, negando-me a absorver qualquer tipo de informação,a não ser esporádicos termos lexicais.
Bem, ao chegar no Ensino Médio, encontrei o Espanhol e apesar das similaridades da língua com o Português devido a origem Latina, mantive minha surdez e apatia em questão ao aprendizado de línguas estrangeiras.
Com a proximidade do vestibular,minha mãe resolver me inscrever num curso de língua estrangeira fora da escola, para que eu tivesse um preparo melhor (na verdade eu acho que naquele tempo ela queria me ver um pouco mais fora de casa, porque eu não fazia mais nada além de ir para escola...).
Enfim, fui matriculada no curso de inglês da Extensão da Universidade Católica. Entrei numa turma de 4h semanais, aos sábados, com pessoas muito mais velhas que eu (tinha recém-completado 15 anos) e ainda assim me vi fascinada com cada coisinha que aprendia. Professora Marlene me mostrou uma forma tão mais prática,prazerosa e leve de aprender inglês que até parecia outra língua! (Depois,beem depois, fui descobrir que essa forma nada mais era que o método comunicativo de ensino).
Eu não conseguia acreditar que por tanto tempo tinha virado as costas para a minha mais nova paixão: the English Language.
Todo o semestre eu recebia estrelinhas e prêmios por ser a "student number one". Com a chegada do vestibular, eu, que já estava certa que queria entrar no curso de jornalismo da UFBA, comecei a me pegar pensando nas possibilidades de fazer letras...afinal português nunca foi um mistério para mim e inglês era tão fácil quanto nadar. Meus pais foram os primeiros a ficarem sabendo das minhas pretensões e como eu já esperava, me apoiaram. Como me apoiariam se eu quisesse fazer qualquer outra coisa.Exceto me drogar,vender meu corpo ou coisas do tipo.
Decisão tomada, vestibular feito, vaga garantida, eu comecei a estudar para ser professora. De português! Estudar inglês, como eu disse, era só a minha terapia! Só quando eu realmente comecei a dar aulas foi que eu me achei, que transformei meu tratamento em hobbie e profissão.
Agradeço àquela professora inicial, que me deixou traumatizada. Se não fosse por ela, talvez eu nunca teria me desafiado a persistir em algo, como eu persisti em aprender uma nova língua. Mas agradeço também a Profª Marlene,minha primeiraterapeuta professora; teacher Sarah, minha professora para o IELTS em Londres, que me mostrou que professores e alunos podem ser amigos; Beth Ramos, da UFBA, que sabe tanto de inglês quanto de Shakespeare... e a tantos outros que ainda estão por vir, e que serei sempre grata, pois uma coisa que tenho certeza é que embora uma dia me forme em licenciatura em Língua Estrangeira, nunca deixarei de ser uma aluna de inglês.
Este trauma é passado.
Uns pagam psicólogos e terapeutas.
Outros fazer regressão, tentando buscar nas vidas passadas que acreditaram ter as explicações para os tormentos presentes.
Tem gente que inclusive bebe para esquecer seus problemas
Eu decidi aprender inglês.
Bem, meu trauma foi com uma certa professora de língua inglesa. Eu era 6ª série na época, e até muito boa e dedicada aluna, interessada em aprender uma nova língua. A cada aula, a professora matava aos poucos o meu desejo de me tornar um ser bilíngue. Sem nenhuma noção do trauma que estava causando em mim e no restante da turma, a professora insistia em sentar-se na mesa, abrir um livro empolerado de regras gramaticais e com exemplos completamente forjados do linguajar cotidiano e profetizar sobre o enigmático TOBE.(Leia-se "to be". Naquele tempo,muita gente realmente falava TOBE).
A partir daí, a língua inglesa tornou-se uma disciplina dispensável para mim, que eu ia simplesmente passando por ela o mais mediocrimente possível, negando-me a absorver qualquer tipo de informação,a não ser esporádicos termos lexicais.
Bem, ao chegar no Ensino Médio, encontrei o Espanhol e apesar das similaridades da língua com o Português devido a origem Latina, mantive minha surdez e apatia em questão ao aprendizado de línguas estrangeiras.
Com a proximidade do vestibular,minha mãe resolver me inscrever num curso de língua estrangeira fora da escola, para que eu tivesse um preparo melhor (na verdade eu acho que naquele tempo ela queria me ver um pouco mais fora de casa, porque eu não fazia mais nada além de ir para escola...).
Enfim, fui matriculada no curso de inglês da Extensão da Universidade Católica. Entrei numa turma de 4h semanais, aos sábados, com pessoas muito mais velhas que eu (tinha recém-completado 15 anos) e ainda assim me vi fascinada com cada coisinha que aprendia. Professora Marlene me mostrou uma forma tão mais prática,prazerosa e leve de aprender inglês que até parecia outra língua! (Depois,beem depois, fui descobrir que essa forma nada mais era que o método comunicativo de ensino).
Eu não conseguia acreditar que por tanto tempo tinha virado as costas para a minha mais nova paixão: the English Language.
Todo o semestre eu recebia estrelinhas e prêmios por ser a "student number one". Com a chegada do vestibular, eu, que já estava certa que queria entrar no curso de jornalismo da UFBA, comecei a me pegar pensando nas possibilidades de fazer letras...afinal português nunca foi um mistério para mim e inglês era tão fácil quanto nadar. Meus pais foram os primeiros a ficarem sabendo das minhas pretensões e como eu já esperava, me apoiaram. Como me apoiariam se eu quisesse fazer qualquer outra coisa.
Decisão tomada, vestibular feito, vaga garantida, eu comecei a estudar para ser professora. De português! Estudar inglês, como eu disse, era só a minha terapia! Só quando eu realmente comecei a dar aulas foi que eu me achei, que transformei meu tratamento em hobbie e profissão.
Agradeço àquela professora inicial, que me deixou traumatizada. Se não fosse por ela, talvez eu nunca teria me desafiado a persistir em algo, como eu persisti em aprender uma nova língua. Mas agradeço também a Profª Marlene,minha primeira
Este trauma é passado.
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