quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Concluindo..

Bem, pra relatar todo meu sentimento em relação ao que foi nossa experiência na Oficina e até mesmo em todo o processo preparatório da mesma, vou publicar abaixo a conclusão que dei ao trabalho de grupo. Foi feita com muito carinho e tentando expressar cada sentimento do momento vivido.
Enjoy it.

"A proposta de trabalho de acompanhar o cotidiano escolar até o momento da realização de uma oficina em sala é bastante enriquecedora e neste caso podemos avaliar como um grande sucesso. A todo o momento a equipe se preocupou em trabalhar aspectos das três áreas de estudo propostas: Filosofia, Ciências Sociais e Língua Estrangeira, bem como aliar a isso algo que despertasse o interesse dos alunos, que como infelizmente é do conhecimento de todos, estão cada vez mais esvaziando as salas, frustrados com um conhecimento formal e considerado inútil da vida prática do dia a dia.
Com isso, quando nos propusermos em trabalhar a influência dos estrangeirismos na nossa língua brasileira e o quanto isso nos afeta constante e cotidianamente, foi uma tentativa de tirar um pouco a apatia da sala de aula e fazer com que cada presente na discussão refletisse, questionasse, opinasse e internalizasse o tema, tão atual e ao mesmo tempo histórico, se analisarmos diante de uma perspectiva diacrônica da formação das línguas.
O nevorsismo do primeiro contato com os alunos foi logo substituído por um entusiasmo, incitado a partir do momento no qual a turma se mostrou participativa e interessada, com opiniões, ideias e questionamentos interessantes e construtivos para que conseguíssemos alcançar os nossos objetivos, tanto os específicos, que foram abordados de forma sutil, porém pertinentes, quanto o objetivo geral, que sem dúvida alguma foi amplamente conquistado.
Para nós, que construímos essa experiência passo a passo, foi um processo marcante e cheio de surpresas, pois não apenas aplicamos novos conceitos e pensamentos naquela turma, como também cada um de nós aprendeu algo novo, repensou certas ideias e construiu ou ampliou uma visão de mundo antes desconhecida, e esse é o maior prazer de um professor em formação: aprender enquanto ensina."

Obrigada a todos da minha equipe, que formaram um grupo tão heterogêneo mas que ao mesmo tempo fizeram acontecer.

domingo, 14 de novembro de 2010

E o salário ó...

No dia 14 de Outubro, eu e minha colega Mariana fizemos outra visita ao supracitado Colégio Estadual que estamos acompanhando as atividades deste semestre. Procuramos por algum professor da casa que lecionasse Língua Estrangeira - Inglês e então conhecemos a Profº Flávia, que muito solícita aceitou bater um papo conosco e tirar algumas das nossas dúvidas sobre as aulas da disciplina por lá.
Para começo de conversa, ela anteriormente era profª de Língua Portuguesa. Porém a escola precisou de alguém que lecionasse Inglês e ela se propôs ao desafio,pois embora tenha a licenciatura em ambas as modalidades, não tinha experiência em sala de aula ensinando a língua do Tio Sam. Então, há  1 ano e meio ela vem superando seus limites no quesito preparo e ainda assim entrou para um cursinho de línguas em uma escola particular, para que pudesse desenferrujar um pouco.
A escola não disponibiliza de livro didático ou qualquer outro recurso para ser trabalhado em classe. O que é um absurdo,pois o ensino de segunda língua é agora posto como obrigatório nas legislações acerca da educação no Brasil, mas sem um suporte material as coisas se complicam.
Como "solução" para o problema de textos escritos em outra lingua e ainda para evitar que os alunos não leiam o material solicitado, a profª adotou um sistema de quantificação por material copiado. Ou seja, ela passa determinado texto para ser lido e os alunos que apresentarem o texto xerocopiado ou copiado no caderno recebem um visto que no final da unidade será transformado em nota de participação. Cerca de dois pontos da média são destinados a este tipo de atividade; ou seja, algo que deveria ser inato e próprio dever do aluno, transforma-se em um método avaliativo e quantitativo devido a falta de suporte que o sistema dá ao professor.
Quanto ao método de ensino utilizado, são basicamente analisados os aspectos gramaticais da língua, esquecendo totalmente a função comunicativa primordial, e abordando apenas as partes massivas e de certa forma entediantes para o aluno. Com isso podemos notar que a classe nunca se sentirá atraída por uma disciplina que entra ano sai ano enfia goela abaixo o TO BE. Ninguém merece, tampouco alunos que já tem dificuldades de domínio da norma culta com a propria língua, quiçá com uma lingua vinda de um contexto totalmente alheio ao deles.
É complicado o uso de mídia em sala, e a profª admitiu ser uma falha também dela, por não ter domínio com tais equipamentos. O que ainda assim não é culpa exclusiva dela, pois o Estado deveria manter seus educadores a par das evoluções tecnologicas, custeando cursos de aprimoração e conhecimento de técnicas para poder usar determinados recursos em sala e otimizar as aulas para atrair ainda mais o interesse dos alunos.
Foi uma conversa agradável e esclarecedora, e embora não tivemos a oportunidade de assistir uma aula no Colégio, foi interessante ver o quanto o profissional tem que se esforçar e utilizar de sua criatividade e esforços próprios para conseguir passar algum tipo de conteúdo e manter de certa forma uma aula digna e produtiva.
Mas como dizia o amado mestre... "e o salário ó!"

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ENEM?não é nem pro Tiririca...

Não tem como não comentar.
Tiririca o maior deputado Federal eleito do país. Que ironia,um palhaço no lugar de quem, geralmente,nos faz de palhaços. E agora estão reclamando que o cara é analfabeto. Bem, se depender do órgão responsável de elaboração das provas do ENEM, Tiririca não será apenas deputado, como também o autor das provas.
Depois da confusão que deu no ENEM deste ano, que resolveu sacanear que contou com vários erros de "impressão", o sempre eficiente blog Jacaré Banguela publicou de antemão a prova de recurso que os alunos poderão fazer..uma espécie de segunda chance.
Se preparem, é só pros "cabeças" eim?!
Valeu JB!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Primeira impressão é a que fica..

Oi!
No dia 16 de Setembro fizemos a primeira visita na escola pública escolhida pelo grupo para acompanharmos neste semestre...Eu e mais 9 colegas fomos pela manhã no Colégio Estadual Deputado Manoel Novaes, no bairro do Canela, em Salvador.
A profª recomendou que avaliássemos o espaço físico, bem como as condições de ensino e que tentássemos dar uma olhada no PPP (Projeto Político Pedagógico) de lá.
Para começar, demos uma olhada nas estruturas da escola. Nos primeiro andares, como já esperado, a maioria da escola precisa de grande reparação, bem como de um maior gerenciamento. As quadras estão em um estado de abandono, o telhado do lado de fora está condenado a cair. O que aparentemente é bem cuidado por lá é a biblioteca, que apresenta um bom acervo e uma certa conservação dos livros.
No andar superior, visitamos uma espécie de "segunda escola". É o andar dedicado as aulas de música e expressão corporal. Com salas especializadas para o ensino teórico e prático da música, bem como instrumentos adequados para tal e um estímulo muito forte para os alunos integrantes desta atividade extracurricular. Fiquei surpresa ao ver o trabalho nesta área,muito bem feito e estimulador para os alunos.
Em relação ao PPP, conseguimos uma cópia e verificamos que há sim um esforço da direção e da coordenação em fazer com que os professores o sigam, porém o sucateamento do ensino e a falta de interesse dos alunos são fatores negativos que acabam, de certa forma,atrapalhando o bom andamento e as boas intenções dos profesores.
Bem, por fim cheguei a conclusão de que não basta apenas boa intenção e disposição para projetos serem realizados; é preciso um apoio técnico, uma estrutura favorável e principalmente um envolvimento de ambas as partes: corpo docente e corpo discente. Não depende apenas de professores bem preparados para mudar o rumo da educação, mas também de alunos motivados a participarem do que for proposto.
Mas temos que continuar tentando!!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Traumas Passados

Cada um tem sua forma de superar um trauma...
Uns pagam psicólogos e terapeutas.
Outros fazer regressão, tentando buscar nas vidas passadas que acreditaram ter as explicações para os tormentos presentes.
Tem gente que inclusive bebe para esquecer seus problemas "bebe negão".
Eu decidi aprender inglês.
Bem, meu trauma foi com uma certa professora de língua inglesa. Eu era 6ª série na época, e até muito boa e dedicada aluna, interessada em aprender uma nova língua. A cada aula, a professora matava aos poucos o meu desejo de me tornar um ser bilíngue. Sem nenhuma noção do trauma que estava causando em mim e no restante da turma, a professora insistia em sentar-se na mesa, abrir um livro empolerado de regras gramaticais e com exemplos completamente forjados do linguajar cotidiano e profetizar sobre o enigmático TOBE.(Leia-se "to be". Naquele tempo,muita gente realmente falava TOBE).
A partir daí, a língua inglesa tornou-se uma disciplina dispensável para mim, que eu ia simplesmente passando por ela o mais mediocrimente possível, negando-me a absorver qualquer tipo de informação,a não ser esporádicos termos lexicais.
Bem, ao chegar no Ensino Médio, encontrei o Espanhol e apesar das similaridades da língua com o Português devido a origem Latina, mantive minha surdez e apatia em questão ao aprendizado de línguas estrangeiras.
Com a proximidade do vestibular,minha mãe resolver me inscrever num curso de língua estrangeira fora da escola, para que eu tivesse um preparo melhor (na verdade eu acho que naquele tempo ela queria me ver um pouco mais fora de casa, porque eu não fazia mais nada além de ir para escola...).
Enfim, fui matriculada no curso de inglês da Extensão da Universidade Católica. Entrei numa turma de 4h semanais, aos sábados, com pessoas muito mais velhas que eu (tinha recém-completado 15 anos) e  ainda assim me vi fascinada com cada coisinha que aprendia. Professora Marlene me mostrou uma forma tão mais prática,prazerosa e leve de aprender inglês que até parecia outra língua! (Depois,beem depois, fui descobrir que essa forma nada mais era que o método comunicativo de ensino).
Eu não conseguia acreditar que por tanto tempo tinha virado as costas para a minha mais nova paixão: the English Language.
Todo o semestre eu recebia estrelinhas e prêmios por ser a "student number one". Com a chegada do vestibular, eu, que já estava certa que queria entrar no curso de jornalismo da UFBA, comecei a me pegar pensando nas possibilidades de fazer letras...afinal português nunca foi um mistério para mim e inglês era tão fácil quanto nadar. Meus pais foram os primeiros a ficarem sabendo das minhas pretensões e como eu já esperava, me apoiaram. Como me apoiariam se eu quisesse fazer qualquer outra coisa. Exceto me drogar,vender meu corpo ou coisas do tipo.
Decisão tomada, vestibular feito, vaga garantida, eu comecei a estudar para ser professora. De português! Estudar inglês, como eu disse, era só a minha terapia! Só quando eu realmente comecei a dar aulas foi que eu me achei, que transformei meu tratamento em hobbie e profissão.
Agradeço àquela professora inicial, que me deixou traumatizada. Se não fosse por ela, talvez eu nunca teria me desafiado a persistir em algo, como eu persisti em aprender uma nova língua. Mas agradeço também a Profª Marlene,minha primeira terapeuta professora; teacher Sarah, minha professora para o IELTS em Londres, que me mostrou que professores e alunos podem ser amigos; Beth Ramos, da UFBA, que sabe tanto de inglês quanto de Shakespeare... e a tantos outros que ainda estão por vir, e que serei sempre grata, pois uma coisa que tenho certeza é que embora uma dia me forme em licenciatura em Língua Estrangeira, nunca deixarei de ser uma aluna de inglês.
Este trauma é passado.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Boas Vindas!

Boa noite pra quem é de boa noite!
Começo hoje a jornada blogueira de relatar minhas opniões, dúvidas, divagações e qualquer outra pérola que surja no caminho da disciplina Didática e Praxis pedagógica 2.
Sim sim, faço Letras, mas como é uma licenciatura, tenho que pegar disciplinas na área de Educação, para poder ser um profissional completo. Ou apenas para preencher o currículo. Que seja.
Antes de tudo, vou fazer aqui o que tentei desde que vi pela primeira vez o nome da supracitada disciplina oferecida pela FacEd: entender seu significado.
DIDÁTICA E PRAXIS PEDAGÓGICA 2.
Como diz uma professora minha, vamos fazer igual ao Jack the Ripper (Jack o estripador): vamos por partes!! Tentaremos entender o significado de cada termo para então compreender o seu todo. Será que funciona?? Como disse,TENTAREMOS.
Well, didática é a técnica de ensinar, como apresenta prontamente a sempre solicitada Wikipédia (clique ao lado para ler na página o artigo sobre o assunto).
Apelando pro Latim, "Dura lex, sed lex". Termo que significa "A lei é dura,porém é a lei". Não estou louca por falar em latim assim subitamente, mas a frase dos antigos romanos me fez lembrar o significado do termo "praxis". Como os mais chegados sabem, eu morei em Coimbra e estudei na sua octogentésima Universidade. Lá existe entre os estudantes um sistema de hierarquia entre calouro/veterano que permite que qualquer aluno veterano, em qualquer período do ano académico antes da "Queima das Fitas" possa aplicar "trotes" ao aluno novato (alguns desses trotes de nem tanto bom gosto). Tal comportamento faz parte da tradição conhecida como praxe  (clique para ler mais sobre o assunto), mas esse termo que define toda a concepção de tradições académicas é comumente confundido com o ato de trotear o outro, e a citação do período clássico é parafraseada para "Dura praxis,sed praxis". Ou seja, "A praxe é dura, mas é a praxe!". Plim! Compreendi o termo Praxis. Desculpe o devaneio, mas era necessário.
Por fim, mas não enfim, "Pedagógica".
Como razoável boa estudante de letras, o termo a ser analisado está modificando os dois anteriores. Ou seja, não é qualquer arte de ensinar e suas tradições, mas sim fazer tudo isso voltado para o processo educativo (já que Pedagogia é a área da ciência que tem como enfoque principal a educação e seu desenvolvimento no ser e na sociedade).
E como se não bastasse estudar as técnicas de ensino e as maneiras normativas de como isso é feito, ainda colocam um DOIS depois de tudo. Ou seja, fizemos isso anteriormente (ou supõe-se que sim) e agora estamos continuando.
Nada mais justo, já que só pelo nome, a disciplina se propõe como algo extremamente necessário de reflexão para futuros profissionais de ensino. Que é o que eu pretendo ser. Ou já me imagino ser, pelo fato de que já atuo na área.
Enfim, a partir de agora, é disso que o presente blog e sua monitora (no caso, a também editora, produtora, administradora e escritora: eu) tratará: EDUCAÇÃO.
Lamentavelmente, no futebol o Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo e todos ficaram revoltados #DungaBurro tristes. Na educação é o 85° e ninguém reclama.
Portanto, assunto nós temos para discutir. Vontade de mudar, também. Vamos aos poucos construindo nossos pensamentos e opniões e tentar efetivá-los na prática de sala de aula para que um dia possamos nos orgulhar do sistema educacional do país mais do que da nossa Seleção de Futebol.
E fiquem atentos às cenas do próximo capítulo...
Write to you soon...